Psicólogo aponta cinco medidas que podem evitar desfechos trágicos
Pais que não impõem limites desde cedo aos filhos e não demonstram interesse por sua rotina de vida, seja na escola, seja nos relacionamentos pessoais, são apontados como coadjuvantes das ações de violência praticadas pelos jovens.
O professor doutor Luiz Gonzaga Leite, coordenador do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, diz que a rebeldia é normal, inclusive na formação da identidade, mas a violência não. "Sem polemizar sobre os fatores sociais mal resolvidos, como o comprometimento da educação, da segurança e do emprego no país, acabamos nos voltando para as relações familiares, que ainda são o centro de muitos distúrbios apresentados pelos jovens."
"Há pais tão voltados para seus próprios problemas que simplesmente perdem o interesse pelos filhos. Essa atitude é uma forma de demonstrar que não se importam com o que fazem ou deixam de fazer. É o estresse e a depressão devassando as relações familiares", explica.
Leite aponta cinco medidas que podem ser adotadas para evitar desfechos trágicos:
1. É necessário impor limites às crianças e ensiná-las a respeitar os outros, quem quer que sejam, desde muito cedo; estabelecer limites é um ato de amor;
2. Não se pode abrir mão de conhecer bem a escola do filho, seus amigos, e exigir que a escola adote um posicionamento enérgico em casos de agressão;
3. Os problemas de relacionamento dos filhos merecem muita atenção, por mais que isso exija disposição extra dos pais ao chegar em casa depois de um dia de trabalho estressante;
4. Não se devem fazer todas as vontades dos filhos por "preguiça" de negociar; negligenciar essa responsabilidade é correr riscos de transformar os filhos em psicopatas sociais;
5. Não se deve ceder aos desmandos da criança por culpa. Isso é muito comum entre pais divorciados ou que trabalham muito, por exemplo. Mais vale resolver o problema com terapia do que comprometer a formação do filho. - (recebido por e-mail de: Antônia <antoniasires@>
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